Vindo da universidade dia desses num ônibus lotado, me deparo com uma situação um tanto interessante. Como de costume, eu estava no ônibus e não estava. Viajando em meus pensamentos, as pessoas ao meu redor eram seres humanóides sem rosto, quase transparentes. Quando, de repente, um diálogo em alto tom chama a atenção de todos, inclusive, a minha:
Homi: E você tem certeza que ele tá te traindo?
Mulé: Lógico, Sicrana viu ele com a nêga!!
Homi: Aí o negócio ficou meio complicado né...
Foi então, que interrompendo a conversa, um senhore afrodescendente questionou a Mulé:
Senhore: E a nêga sabe que você está falando dela?
Mulé: Hein?
Senhore: É porque eu acho que a nêga nem sonha que você a está difamando...
Mulé: Oxi, àquela quenga não tem moral pra falar nada não!!!
Senhore: Minha jovem, me diga uma coisa. Essa nêga, é nêga mesmo ou é branca?
Mulé: Branca.
Senhore: Marmôdeusdocéu!! Saí de casa só pra ouvir isso, só pode! A branca faz, a nêga paga. Sempre!!! Até quando vai ser isso, han?
Mulé: ...
Não pude acompanhar a sequência porque chegou meu ponto. Desci e fui andando até minha casa, pensando nessa parada. É como se fosse um preconceito mascarado, incrustado na nossa cultura que sai tão naturalmente que nem percebemos se machucamos quem está ao nosso redor. O exercício de respeito pelo próximo deve ser praticado sempre, para que se torne uma coisa rotineira.
Homi: E você tem certeza que ele tá te traindo?
Mulé: Lógico, Sicrana viu ele com a nêga!!
Homi: Aí o negócio ficou meio complicado né...
Foi então, que interrompendo a conversa, um senhore afrodescendente questionou a Mulé:
Senhore: E a nêga sabe que você está falando dela?
Mulé: Hein?
Senhore: É porque eu acho que a nêga nem sonha que você a está difamando...
Mulé: Oxi, àquela quenga não tem moral pra falar nada não!!!
Senhore: Minha jovem, me diga uma coisa. Essa nêga, é nêga mesmo ou é branca?
Mulé: Branca.
Senhore: Marmôdeusdocéu!! Saí de casa só pra ouvir isso, só pode! A branca faz, a nêga paga. Sempre!!! Até quando vai ser isso, han?
Mulé: ...
Não pude acompanhar a sequência porque chegou meu ponto. Desci e fui andando até minha casa, pensando nessa parada. É como se fosse um preconceito mascarado, incrustado na nossa cultura que sai tão naturalmente que nem percebemos se machucamos quem está ao nosso redor. O exercício de respeito pelo próximo deve ser praticado sempre, para que se torne uma coisa rotineira.
Nunca é tarde para evoluir. E eu tô tentando alcançar o nível God, ô coitxada...
0 comentários:
Postar um comentário